A criação está em crise com a água ou com o Seu Criador?
Por Roberto de Lucena
Desde o ano passado, os noticiários têm informado recordes negativos no nível de água dos reservatórios da região metropolitana de São Paulo, que vive sua pior escassez dos últimos 80 anos. Medidas que afetam diretamente os cidadãos, como a aplicação de multas nos casos de desperdício e o racionamento, tem sido tomadas pelo governo para amenizar o impacto da seca no ápice da crise.
O início dessa crise, que decorre do mau comportamento do homem em relação aos recursos criados por Deus, não começou agora. Há décadas, temos encarado a água como um bem abundante, e seu consumo foi concentrado na região metropolitana, juntamente com o aumento do nível de poluição das águas.
O desperdício de água é parte do comportamento de todo o País. No Norte, no Nordeste e no Rio de Janeiro, o desperdício é, em média de 42% a 44% maior que na capital paulista. Dos 840 mil litros retirados dos mananciais brasileiros por segundo, 69% vão para a agricultura de irrigação, 11% para o consumo animal, 7% são utilizados pelas indústrias e 2% pela população rural. Sem contar os 11% que vão para o consumo urbano. Provavelmente, as nossas torneiras já ficaram abertas sem necessidade em muitas ocasiões.
É claro que precisamos juntos, como governo e população, tomar medidas. Mas nenhuma delas será válida até que a criação se volte para o seu Criador. Deus é pleno, e em sua criação não faltou coisa alguma. Mas quando o principal recurso natural falta, e o céu se fecha, é um claro sinal de que Deus está querendo chamar nossa atenção.
Não vivemos apenas uma crise hídrica; há uma crise muito mais profunda. Se vivemos uma seca natural, também estamos vivendo uma seca em nossa fé. Muito além da chuva natural, também precisamos da chuva que rega o que carregamos dentro de nós. Que nós, como representantes de Deus na terra, possamos nos arrepender dos erros da nação e do corpo de Cristo para que, com a autoridade que nos foi dada, clamemos para que as janelas dos céus se abram novamente sobre o Brasil.
“Se eu fechar o céu para que não chova ou mandar que os gafanhotos devorem o país ou sobre o meu povo enviar uma praga, se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar e orar, buscar a minha face e se afastar dos seus maus caminhos, dos céus o ouvirei, perdoarei o seu pecado e curarei a sua terra.” – 2 Crônicas 7:13-15